terça-feira, 19 de abril de 2011

Implantes dentários contam com avanço da engenharia genética

Confira o link da matéria publicada nos jornais O Tempo e Super, em fevereiro de 2011. http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=164110,OTE&IdCanal=6

Medo de ir ao dentista? Confira entrevista com o Dr. Luiz Marinho sobre técnica de sedação


Assista ao vídeo com entrevista de Dr. Luiz Marinho, sobre o assunto.

Os avanços da engenharia genética para o tratamento de implantes dentários

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 26 milhões de brasileiros não têm mais nenhum dente natural na boca. A falta de dentes diminui a capacidade de mastigação, compromete a aparência e a auto-estima das pessoas. Com isso, um número cada vez maior de brasileiros recorre a tratamentos dentários na busca de um sorriso perfeito. Estatísticas do IBGE demonstram que a popularização dos implantes dentários vem mantendo um crescimento anual de 20% ao longo dos últimos anos.
Considerado uma solução avançada, o implante dentário consiste em uma estrutura metálica que pode substituir a raiz do dente perdido. Porém, novas técnicas de reabilitação oral estão surgindo e são responsáveis por permitir uma concordância necessária entre a estética facial e a composição dentária e funcional da boca. A Engenharia Genética, com novas descobertas, revoluciona a prática de implantes dentários e estende os benefícios aos pacientes.
Essa técnica é utilizada em Belo Horizonte pelo mestre em cirurgia buco-maxilofacial, Dr. Luiz Marinho. Por meio dela, é utilizada a proteína ósseo morfogenética, conhecida como BMP-2.  Segundo ele, essa proteína foi  amplamente testada por pesquisadores e  é  capaz de transformar as células-tronco em células específicas para a formação óssea, permitindo a colocação de implantes dentários em pessoas com acentuada perda óssea.
Dr.  Luiz Marinho reforça que, para  a colocação de implantes em  um paciente que não tenha ossos no maxilar superior, não será mais  necessário retirar nenhuma parte do osso dele. Hoje por meio do uso dessa  proteína é possível construir todo  o osso maxilar. “Com a aplicação da BMP-2, o osso é recuperado por meio de um procedimento cirúrgico muito simples, rápido e indolor”, conta.
A proteína óssea morfogenética é capaz de induzir a transformação de células primitivas em células capazes de formar o osso. “São fundamentais para a reparação das fraturas e durante o desenvolvimento do esqueleto ósseo”, conta Marinho.

Segundo o especialista, as vantagens de se usar esse método é que não há necessidade de uma área doadora. “Não existe nenhum quadro de dor, pois o procedimento cirúrgico é muito simples e rápido. A grande vantagem para a isenção da dor é a ausência das células doadoras que, normalmente, são as grandes vilãs dos enxertos ósseos, a quais trazem uma sensibilidade maior e até mesmo o risco de uma parestesia indesejável”, explica ele.
Luiz Marinho reforça que a técnica foi aprovada pela Anvisa para aplicação em pacientes no Brasil e é  uma verdadeira revolução para os implantes.
Dr. Luiz Marinho é pioneiro na America Latina no uso de proteína ósseo morfogenética  e, desde o final de 2010, passou a integrar comissão para desenvolvimento de novas tecnologias e bioengenharia da Associação Mundial de Cirurgia Buco Maxilofacial (IAOMS). Ele também  é diretor das clínica Luiz Marinho - Núcleo de Cirurgia Maxilofacial e Implantar,em Belo Horizonte.

Apneia obstrutiva do sono: uma ameaça que pode levar à morte


A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) triplica os riscos de derrame em homens, de acordo com estudo feito pela Universidade Western Reserve, nos Estados Unidos, que analisou mais de 5 mil pessoas com idade acima dos 40 anos e que não tinham histórico de acidente vascular cerebral.
O estudo, publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, também mostrou que o aumento do risco de AVC em mulheres com apneia do sono foi significativo apenas em casos de apneia grave.

Os cientistas disseram que a causa mais provável desses resultados, está ligada a maior duração da apneia do sono em homens do que em mulheres. Além disso, os homens podem desenvolver a síndrome mais cedo e, por isso, ficam mais tempo sem tratamento, uma vez que as complicações só começam a aparecer em idade avançada.

Mais de 15 milhões de acidentes vasculares cerebrais ocorrem em todo mundo a cada ano e, cerca de um terço são fatais. O estudo mostrou que o aumento do risco de derrame em pessoas com apneia existe mesmo sem outros fatores de risco, como peso, pressão elevada, diabetes e tabagismo.

O especialista e mestre em cirurgia buco-maxilofacial e membro da comissão para desenvolvimento de novas tecnologias e bioengenharia da Associação Mundial de Cirurgia Buco Maxilofacial (IAOMS) ressalta que uma boa noite de sono faz bem à saúde e, em geral, compreende de sete a oito horas contínuas de sono, sem perturbações.
Ele alerta que entre os distúrbios que causam alteração na qualidade do sono, merece destaque, por sua frequência elevada e impacto à saúde, a apneia. “O ronco é o sinal de alerta mais importante dessa condição. A apneia do sono pode levar à sonolência diurna, cansaço, dificuldade de concentração e perda de memória, diminuição da libido, problemas sociais e até acidentes de trânsito”, explica Marinho.

A AOS é uma doença comum caracterizada por episódios recorrentes de obstrução parcial ou completa da via aérea superior, com queda de oxigenação e/ou despertares breves associados. Os sintomas e sinais da AOS incluem ronco, sono agitado, redução da capacidade de concentração e de memória, alterações de humor e sonolência excessiva diurna. “A AOS pode, se não for reconhecida e tratada adequadamente, associar-se a conseqüências sérias da saúde, como doenças cardiovasculares e até levar à morte”, ressalta o especialista.

O diagnóstico dos distúrbios do sono, segundo Marinho,  se baseia na análise de uma série exames e informações obtidas durante o sono em um exame chamado polissonografia. Outros exames que podem ser realizados para a identificação da doença são o estudo tomográfico das vias aéreas e da posição dos maxilares.

Dr .Luiz Marinho explica que existem tratamentos paliativos e definitivos em casos de apneia. “O tratamento paliativo inclui abordagem profissional multidisciplinar, com a participação de um neurologista , que irá identificar e determinar o nível da apneia e conduzirá o paciente a um otorrinolaringologista, que irá verificar se há desvios de septo e outros problemas locais que possam obstruir a passagem de ar. O outro profissional que atua nesse sentido é o cirurgião buco-maxilofacial , que fica responsável pelo aumento de todos os espaços das vias aéreas do paciente, por meio do distanciamento do palato e a língua da laringe. Ele também pode indicar uma placa reposicionadora da mandíbula.

Em casos mais graves, são necessários tratamentos mais definitivos como a traqueostomia ou a instalação de um aparelho chamado CPAP, que tem a função de provocar fluxo contínuo de ar e, ainda, a cirurgia para avanço e reposicionamento dos maxilares.

Marinho ressalta que o  manejo adequado da AOS não apenas promove a melhoria dos sintomas, mas também pode contribuir para a otimização do controle da pressão arterial em pessoas com hipertensão arterial refratária, até para redução da mortalidade por causas cardiovasculares entre aqueles com apneia grave.

A clínica da qual é diretor oferece ao paciente um aparato tecnológico para a realização do exame adequado para o diagnóstico da apneia obstrutiva, como também todas as formas de tratamento com vários especialistas envolvidos nessa abordagem. “A  AOS é um problema de saúde pública relevante devido a sua alta frequência na população geral e às várias doenças a que está associada. Estima-se que mais de 10% da população adulta, principalmente os homens, apresenta esse distúrbio e a melhor forma é tratar”, reforça Marinho.

Livros sobre dentes inclusos

O especialista e mestre em cirurgia buco-maxilofacial e doutorando em implantodontia, Luiz  Marinho foi convidado  a escrever um dos capítulos do livro Cirurgia Ortognática e Ortodontia, volume 2, lançado recentemente no Brasil.

A obra é do cirurgião buco-maxilofacial Luiz Carlos Manganello e a cirurgiã dentista Maria Eduína da Silveira, e Marinho escreveu um capítulo sobre distração osteogênica.
O livro retrata que a cirurgia ortognática teve grande impulso nos últimos anos e juntamente com a ortodontia têm beneficiado um grande número de pacientes.

Avanços no diagnóstico, por meio de programas específicos de análise facial e no planejamento com uso do computador têm auxiliado no tratamento.

Também aborda todos os aspectos relacionados ao tratamento, não só dos pontos de vista cirúrgico e ortodôntico, como também o fonoaudiológico, psicológico inclusive com ênfase nos problemas relacionados às articulações temporomandibulares.

Série de livros
E Luiz Marinho está preparando uma  série de livros sobre dentes inclusos, que deverá ser lançada  entre setembro deste ano e o primeiro trimestre de 2012. Todos eles terão a participação de especialistas renomados.

A primeira edição já foi entregue à editora e tem como título “Tratamento ortodôntico – cirúrgico dos dentes inclusos – abordagem interdisciplinar”. A obra teve a participação do ortodontista José Aloísio de Carvalho. A previsão de publicação é setembro deste ano.

Para dezembro, a expectativa é para o lançamento do segundo livro da série, intitulado de  “Dentes inclusos – como, quando e porque tratá-los?”, com a participação dos cirurgiões buco-maxilofaciais , Marcelo Melo e Fábio Guerra.

Os mesmos cirurgiões agregarão seus conhecimentos ao de Luiz Marinho para o livro “Reconstrução óssea pré-implante”, que deverá ser lançado no primeiro trimestre de 2012.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Dente do siso pode prejudicar saúde bucal

Especialista orienta sobre problemas que ele pode causar à saúde bucal, bem como a idade certa para extraí-lo e os  procedimentos cirúrgicos

Eles são chamados de  “dentes do juízo”. Mais conhecidos pelos dentistas por terceiros molares,  os dentes do siso  nascem, usualmente,  entre os 16 aos 21 anos de idade. Salvo algumas exceções, a maioria das pessoas apresenta quatro dentes: dois superiores - um direito e um esquerdo -  e dois inferiores - também direito e esquerdo. Em alguns casos, os sisos causam dores e, em outros, nascem sem nenhum problema.
Porém, o especialista em cirurgia buco-maxilofacial, Dr. Luiz Marinho, alerta que, nascendo ou não, doendo ou não, os sisos podem causar diversos problemas à saúde bucal.
Um deles é a infecção local ou infecção mais séria que pode atingir o pescoço. Também pode gerar dor, inchaço, mau hálito e dificuldade para mastigação. Eles também podem causar  o apinhamento (entortamento) dos demais dentes da arcada e outras alterações mais sérias, como o desenvolvimento de cistos e tumores (nos maxilares) associados aos sisos inclusos.  “O dente do siso pode ter força para empurrar os demais dentes, podendo  provocar a perda, por exemplo, de tratamentos ortodônticos. Já tive pacientes jovens que tiveram que fazer novas intervenções ortodônticas para o ajuste desse apinhamento por causa de um dente do siso não extraído. Também é preciso ficar atento às cáries e à doença periodontal. Isso porque os dentes estão localizados em  lugar de difícil higienização, o que favorece o acumulo de alimentos, placa bacteriana e, conseqüentemente, a cárie ou a perda óssea”, explica.

A hora certa de extrair - Sobre a  hora certa de extrair os dentes sisos, Marinho explica que quanto mais jovem  for o paciente mais fácil é a remoção, por isso, sugere que a remoção ocorra a  partir do momento em que a coroa do dente esteja formada – geralmente, a partir dos 13 anos. “A coroa nos dá a direção exata do sentido que ele crescerá.  Se a posição for desfavorável, é melhor esperar a raiz se desenvolver, pois a mesma pode estar em proximidade íntima ao nervo, o que leva a sensibilidade dos dentes, gengivas e lábios inferiores. Aumenta-se o risco de causar algum dano no nervo e de uma cirurgia mais traumática – maior quantidade de osso para ser removido, maior o trauma do paciente e aumento do tempo da cirurgia ”, ressalta.

Quantos extrair - Ele aconselha que todos os sisos existentes na boca sejam retirados de uma só vez. Isso para proporcionar uma melhor recuperação e conforto ao paciente. “Ele passará pelo processo de uma só vez, o que gerará diminuição de tempo de tratamento, menos desgaste emocional, custo financeiro menor e menor período de desabilidade social, trabalhista e escolar, devido ao repouso”, conta.

Técnicas para oferecer conforto ao paciente – Com os avanços da ciência, hoje é possível fazer a cirurgia de extração dos dentes utilizando várias técnicas que oferecem conforto ao paciente. Segundo Marinho, a sedação tem sido bastante utilizada. “A sedação é uma depressão do nível de consciência, causando sensação de relaxamento, bem-estar, sono e amnésia, por meio da qual o paciente responde às orientações do dentista, porém, não percebe a cirurgia, que dura cerca de uma hora, dependendo do grau de complexidade”, conta.

Recomendações – Luiz Marinho adverte que é necessário que o paciente procure um profissional de sua confiança, com comprovada competência. O especialista em cirurgia buco-maxilofacial é o profissional mais indicado para lidar com quaisquer complicações. “É necessário,que o paciente siga  corretamente todas as recomendações prescritas antes e após o procedimento cirúrgico, para um melhor resultado e pronta recuperação”, completa.